terça-feira, 5 de julho de 2011

SOBRE IDAS E VINDAS

A escuridão do local indicava solidão,
Mas os primeiros passos indicaram felicidade.         
            Os instantes seguintes trouxeram saudade,
            E o movimento descobriu sua insegurança.

            Os olhares eram de dúvida,
            As dúvidas eram a estranheza,
                        A estranheza era sobre ele.

                        Não olhou para trás, e achou um.
            Depois outro, e mais outro, e outro...
            E as lembranças se multiplicaram.

Certas coisas haviam mudado.
Mas por mais que os anos passem,
            Certas coisas não mudam nunca.
            E a madrugada veio e foi como sempre.

                        As garrafas enchiam a mesa,
                        E ele preenchia sua alma
            Com foguetes indicando vida nova,
            E as luzes se apagando com a chegada do dia.

                                    O sono trouxe-lhe descanso,
                        O banho relaxamento,
            Suas memórias agora eram as mesmas.

           E acabou por esquecer algo  
           Que achou que nunca esqueceria
           Restava-lhe o presente, o futuro,       
           E quem sabe, voltar para casa...


sexta-feira, 1 de julho de 2011

COMO ENFEITE

Atravesse aquela avenida de duas pistas.

Entre na universidade.

Pegue-me, 
Leve-me para casa,
de preferência para a sua. 

Pregue-me na sala, 
com a boca aberta e um sorriso cínico.