terça-feira, 13 de novembro de 2012

ESCUSAS


Toda uma manhã a filosofar sobre teias de aranha.


Rodopiante fumaça que se esvai no ambiente,
Uma série de viagens de descobertas breves e infantis,
Uma beleza simples e leve escondida entre os dedos tesos.

Enquanto isso, um óculos escuro fuma um cigarro.

Despertam várias unidades de Carbono sorridentes,
Um riso, um sorriso, do tipo receoso, medroso e mal disfarçado
Havia dúvida, pânico, espanto ou poderia até ser admiração.

A graça foi feita, espera-se um sorriso cúmplice. Ele vem.

De forma sorrateira, chega-se com a neblina e se despede com o sol,
Desfere um abraço tímido, distante com um inseguro preconceito,
E se esvai lentamente como uma fumaça pálida de um cigarro.

E a aranha continua sua teia. Alheia. Triste aranha...


(Uberlândia, Maio de 1997 - Reescrito em Abril de 2012)