Toda uma manhã a filosofar sobre teias de aranha.
Rodopiante fumaça que se esvai no
ambiente,
Uma série de viagens de descobertas breves e infantis,
Uma beleza simples e leve escondida entre os
dedos tesos.
Enquanto isso, um óculos escuro fuma um
cigarro.
Despertam várias unidades de Carbono
sorridentes,
Um riso, um sorriso, do tipo receoso, medroso e mal
disfarçado
Havia dúvida, pânico, espanto ou poderia até ser admiração.
A graça foi feita, espera-se um sorriso
cúmplice. Ele vem.
De forma sorrateira, chega-se com a neblina e se despede com o sol,
Desfere um abraço tímido, distante com um inseguro
preconceito,
E se esvai lentamente como uma fumaça
pálida de um cigarro.
E a aranha continua sua teia. Alheia. Triste aranha...
(Uberlândia, Maio de 1997 - Reescrito em Abril de 2012)