quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FÓRCEPS

Eu naufraguei em barcos feitos de doces ilusões 
Eu voei em pássaros fabricados de desilusões 
Eu me perdi em labirintos de vinhos tintos 
Eu me suicidei tantas vezes que perdi a conta.

Eu torturei meus sonhos com falsas ilusões 
Eu inflei balões para levantar desilusões 
Eu me afoguei em cores de vinhos tintos 
Eu me fabriquei tantas vezes que perdi a conta. 

Eu me iludi com o sol a me suar emoções 
Eu me desiludi com meu excesso de imaginação 
Eu me busquei na transparência do vinho branco 
Eu me perdi tantas vezes que perdi a conta.

Eu fui um fracassado caçador de emoções 
Eu não me encontrei na overdose de imaginação 
Meus dias não são tão claros como o vinho branco 
Eu me salvei tantas vezes que perdi a conta.

2 comentários:

Nyuara disse...

Essa vida é mesmo sempre cheia de buscas, perdas, encontros e desencontros. Parabéns por mais essa descrição em sintonia com os sentimentos que pairam nos corações das pessoas!

Danila disse...

Faço minhas as palavras da Nyu...
Adorei... mais uma vez!!!!