E anos já se passaram.
São mais anos distantes do que anos convividos.
Sente-se falta de tênis basket,
De barbas sujas em shoppings.
Marginais propositais em um mundo a ser enfrentado.
Sente-se falta de braços rabiscados.
Da inteligência sagaz e da firmeza de opiniões.
Das competições sadias
um contro o outro, outro contra o um
Ambos a favor...
Sente-se falta dos contos bem contados
e dos poemas ácidos, abafados, cronometrados.
Sente-se falta de pães dormidos, fritos e esquentados.
De caminhadas longas, por centros até bares malfadados.
É triste quando a distância nos rouba uma amizade.
Mas a alegria das palavras sempre a traz de volta.
Sente-se falta dos vários jogos inventados,
De futuros e passados em presente idealizados.
A falta é sempre grande, mas descobri maneiras de
Apaziguá-la.
Roubei de um grande amigo cada cor de sua Lua Verde.
E de sua fábrica de sonhos que fabricam softwares.
E sente-se profundamente, que estrofes como essa
e outras coisas mais sutis,
Por mais que o tempo passe e sempre surjam outros
Amigos.
Só ele tem a capacidade de entender...
Heróico. Amigo.
Distante. Mas próximo.
Pai, poeta, contista, músico e claro,
Professor.
Em 24 de outubro, corujas taciturnas,
Vigiam sua primavera.
O tempo passa, lentamente. A tecnologia evolui.
De vinil para o CD. Do DVD à volta dos vinis.
Essa foi uma canção para um velho amigo.
Com uma rima amiga e forçada
De Marlurreby para Marsvinis...