segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CANÇÃO A UM AMIGO DISTANTE

E anos já se passaram.

São mais anos distantes do que anos convividos.

Sente-se falta de tênis basket, 
De barbas sujas em shoppings.
Marginais propositais em um mundo a ser enfrentado.
Sente-se falta de braços rabiscados.
Da inteligência sagaz e da firmeza de opiniões.

Das competições sadias
um contro o outro, outro contra o um
Ambos a favor...

Sente-se falta dos contos bem contados
e dos poemas ácidos, abafados, cronometrados.
Sente-se falta de pães dormidos, fritos e esquentados.
De caminhadas longas, por centros até bares malfadados.

É triste quando a distância nos rouba uma amizade.
Mas a alegria das palavras sempre a traz de volta.

Sente-se falta dos vários jogos inventados,
De futuros e passados em presente idealizados.

A falta é sempre grande, mas descobri maneiras de 
Apaziguá-la.

Roubei de um grande amigo cada cor de sua Lua Verde.
E de sua fábrica de sonhos que fabricam softwares.

E sente-se profundamente, que estrofes como essa
e outras coisas mais sutis, 
Por mais que o tempo passe e sempre surjam outros
Amigos.
Só ele tem a capacidade de entender...

Heróico. Amigo.
Distante. Mas próximo.
Pai, poeta, contista, músico e claro,
Professor.

Em 24 de outubro, corujas taciturnas, 
Vigiam sua primavera.

O tempo passa, lentamente. A tecnologia evolui.
De vinil para o CD. Do DVD à volta dos vinis.
Essa foi uma canção para um velho amigo.
Com uma rima amiga e forçada
De Marlurreby para Marsvinis...

3 comentários:

Prof. Marcus disse...

Comovente... Caro amigo, fui as lágrimas... literalmente...
Soubestes captar a essência daqueles dias....
Fantástico...
Saudades
Obrigado
Mesmo!!

Marcão

Anônimo disse...

Teacher, muito lindo o que vc escreveu! Me emocionou!
Consigo imaginar como o Marcão gostou do texto!
Parabéns!!!!

Danila disse...

Eu que escrevi o cometário de cima... mas apertei o botão errado e saiu como anônimo!
Doci